sábado, 10 de maio de 2014

Os benefícios da dança como atividade física

A dança é mesmo uma forma de terapia. 
Os benefícios da dança como uma atividade física são bem conhecidos: flexibilidade, melhora do condicionamento aeróbico, aprimoramento da coordenação motora e perda de peso, entre tantos outros.

Mas pouco se fala da dança como uma terapia para a alma. Basta observar com um pouco mais de atenção para perceber que os resultados vão muito além do bem-estar físico. Socialização, combate à depressão e à timidez, alegria, auto-estima elevada e disposição para encarar as dificuldades do dia-a-dia são apenas algumas das transformações que se nota em quem se arrisca a adentrar o mágico mundo da dança. Mais do que técnica, é preciso sentimento. 
Ao ensaiar os primeiros passos, a pessoa se desprende dos medos e preconceitos e vê seu estilo de vida ser transformado pouco a pouco.

“A dança é mesmo uma forma de terapia. E qualquer pessoa pode dançar, não existem restrições, nem mesmo de idade. Os passos podem e devem ser adaptações às limitações físicas de cada um, mas não existe impedimento. Basta saber ouvir a música e dançar para você, sempre com muita emoção, e sem se preocupar com os outros”, comenta Ivan Carlos Marcondes, professor de dança da Cia. Jundiaiense de Dança de Salão. Mas quem pensa que a dança é privilégio apenas dos mais jovens se engana. Essa é uma das atividades mais democráticas e que possibilita a participação de qualquer pessoa. Basta apenas se sentir disposto a começar.

“Algumas pessoas dançaram a vida inteira, outras só descobriram esse prazer depois da aposentadoria ou após encaminhar os filhos na vida. E depois que eles começam, não querem mais parar”, comenta Marlene Liveraro Bodelaci, coordenadora do Clube da Terceira Idade (mantido pela Secretaria Municipal de Integração Social – Semis). Bailes, aulas de dança ou mesmo de coreografia. Representantes da Melhor Idade comparecem com um único compromisso: se divertir. Basta observar durante poucos minutos e já é possível perceber a alegria de cada um ao estar ali, dançando. O professor da Cia Jundiaiense de Dança explica que a dança de salão é indicada muitas vezes para quem faz terapia de casal. “Isso porque eles se tornam mais próximos e acabam resgatando toda a cumplicidade do início do relacionamento. A vida a dois com certeza melhora muito, inclusive ao ampliar a roda de amigos”, esclarece Marcondes.

Matéria publicada pelo Site Médico

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Atestado nas academias: 'Não há lei federal que obrigue exame médico'

Atestado médico não é exigido pelas academias por medo de perder clientes.

A prática de exercícios sem o acompanhamento de profissionais tem gerado problemas e chega a causar mortes. 
Em 2013, foram registradas mortes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e Goiás. 
Há um mês, Cleiton Teodoro, de 27 anos, morreu na sala de musculação de uma academia em Goiânia.

O proprietário admitiu que a vítima não apresentou o atestado e estava se exercitando há apenas uma semana.
 “Se exigir o atestado no ato da matrícula, o aluno vai e faz em outro lugar”, explicou Pedro Gonçalves. 
A reportagem visitou academias no Rio de Janeiro e São Paulo e constatou que a matricula é permitida apenas com a promessa de atestado.
 Em média, o prazo para a entrega do exame é de dez dias.

André Fernandes, presidente do Conselho Regional de Educação Física do Rio de Janeiro e Espírito Santo, explica que o exame médico não é obrigação em algumas regiões. 
“Não existe uma lei federal que obrigue as academias a cobrarem o exame médico, na verdade são leis municipais. Por exemplo, o estado de São Paulo não obriga mais por entenderem que o atestado não valia. No Rio de Janeiro é obrigatório”, disse.

A maioria das vítimas é muito jovem. 
Para realizar as atividades sem riscos, é preciso consultar um médico e conferir a saúde. 
As academias devem exigir atestados médicos, mas nem sempre é rígida o suficiente e acabam liberando a entrada do aluno apenas com uma promessa de entrega futura.

O diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Daniel Kopíler, fez um alerta sobre a principal causa das mortes em academias: o coração.
 “O grande problema para a prática de atividade física está ligado aos problemas do coração. O que mais mata são problemas cardiovasculares. Na verdade, muitas vezes, a pessoa não sabe que tem esse problema ou esconde”, explicou o especialista.


Matéria publicada pelo site Globo.com